Na primeira, segunda e terceira geração, a nossa família teve como fonte de renda a agricultura e a pecuária.
Na pecuária, tinhamos criações de porcos, galinha, ovelhas, bodes e bois.
Na agricultura cultivavam arroz, feijão, milho, cebola, mandioca e algodão. Todas as atividades eram realizadas com o trabalho braçal, desde a retirada da madeira com foices e machados para fazer os cercados e as casas de taipas. Eles destocavam e queimavam para preparar a terra para o plantio. A preparação do solo era a base do arado, com a ajuda de bois ou cavalos. Batiam-se os quadros com enxadas e todo o plantio de qualquer semente, era feito manualmente, com o auxílio dos pés para enterrar os grãos. Molhava-se a plantação utilizando-se de galões com água, latas ou cabaças muitas vezes à noite sob a luz da lua, por consequência contaram com do motor a manivela.
Da fazenda, já saía a farinha, onde na casa de farinha era feito todo o processo, embora fosse trabalhoso, era uma festa. Em casa, as mulheres eram responsáveis por fabricar queijos, doces de leite, coalhada, manteiga, borra...diariamente realizavam as tarefas de moer o milho, pisar no pilão arroz ou milho e bater feijão. Também cabia a elas, mudar cebola, mudar arroz, catar feijão e catar algodão.
FOI ASSIM POR LONGOS ANOS...E CRIARAM GRANDE PARTE DOS QUE AQUI ESTÃO.
COM O AVANÇO DA TECNOLOGIA, MUITAS COISAS MUDARAM...
Em busca de uma vida com melhores condições de trabalho, muitos da família se aventuraram pelo Brasil, em diversos estadoe e cidades como: São Paulo, Paraná, Maniçoba, Sobradinho, Petrolina, Juazeiro e Casa Nova.
E em casa nova mais especificamente, há um número expressivo desta família onde dedicaram-se a monocultura, ou seja, o cultivo da cebola. Daí o apelido de alguns, que são conhecidos por ceboleiros.
Ainda mantendo uma tradição dos primórdios, entre uma safra e outra, cultivam algumas sementes como feijão, milho, melancia, melão.
Agricultores natos, que vêem na agricultura, sua fonte de renda, com dedicação e experiência adquiridas pelos seus descendentes e abençoados por morarem às margens do rio são francisco, hoje são agricultores que se destacam cada vez mais.
Atualmente grande parte da família Moraes dedicam-se também a fruticultura. Uma vez que moramos em meio ao pólo de fruticultura irrigada aqui no vale do São Francisco. Cultivam coco, goiaba, manga, uva, maracujá, melancia, melão etc. Tornando-se responsáveis por uma significativa produção de frutas tropicais, tanto para o mercado interno, quanto para a exportação.
Foi diante deste cenário, que além de agricultores, temos formados em nossa família professores, médicos, enfermeiros, agrônomos, engenheiros, mecânicos, empresários, políticos, advogados, motoristas e os vaqueiros,que também carregam no sangue a paixão pela vida no campo e o amor pelo esporte e aos animais.enfim, são diversas profissões e profissionais.